Fotos: David Rodrigues (facebook)
Mensagem: Bruno Mota (Forum do AbouaAboua)
Domingo passado (8AGO) a volta a Portugal em bicicleta passava na Sra da Graça, motivados por essa passagem os pilotos locais fizeram um convite à presença de malta abouadora por aquelas bandas. Combinamos e apareceu um bom grupo: António, Bruno, Carlão, Cláudia, Cristina, David, Dores, Pedro d’Amares, Marta, Pedro Puga, Samuel, Sérgio e Soares.
Chegados lá o vento ainda entrava de lado, toca a almoçar.
No final do almoço siga para a descolagem, descolando em primeiro o Pedro Puga depois do típico empurra empurra a ver quem era o primeiro a descolar. Sai de seguida a Dores e eu atrás. O Pedro já trepou numa térmica, encontrando-se sensivelmente à altura do topo do monte. O Sérgio e o António estão a aprontar-se.
Mal descolo vejo a Dores subir algo á frente, corrijo a minha trajectória indo mais para a direita, encontro a térmica, ainda subo, a Dores também sobe, já mais alta, mas deriva muito e ao conselho na rádio de um piloto local abandono a térmica para um local mais à esquerda. Aí não encontro nada e pela primeira vez olho curioso para baixo.
Árvores e pedreiras, a aterragem é sensivelmente à direita mas não tenho contacto visual e vou descendo. A descida fica mais forte, vou na direcção de uma pedreira convicto que a descendente me vai levar a uma ascendente próxima e assim é, uns metros à frente muito suave, enrolo só com o corpo e começo a subir lentamente, tentando centra-la e eis que o vario começa a apitar mais forte (4m/s). Mantenho a rodar quase só com corpo até à altura do monte, aí ela torna-se mais brava e começa a dar cacete, só corpo não chega. A Dores está mais alta na minha esquerda e o Pedro também.
O Pedro mantém-se ali e começa a subir bem rápido, a Dores vem na minha direcção, mas não acerta na ascendência, ficando mais baixa. Venho a rodar e pelos 1500 vejo o Pedro mais alto, pela minha trajectória parece que estamos na mesma térmica, que tem muita deriva, começo a rodar sempre de olho nele e cerca dos 1800 vejo-o arrancar em direcção a Vila Pouca. Chego aos 2000 e paro de subir. Voltas largas para encontrar de novo a térmica, e a perder altitude, por volta dos 1900 encontro-a a de novo e mais uma vez pouco passo dos 2000, voltas na zona a tentar subir e nada. 1900 e decido avançar, aqui não subo mais, talvez encontre uma térmica na transição, mãos em cima e a celerador quando a descendente é mais forte. A minha aposta uma aldeia a meio caminho e depois uma encosta do outro lado, pela direcção do fumo aguento-me lá até se soltar a térmica. Olho e vejo a Dores na luta numa pedreira em baixo, ainda não está mais ninguém no ar.
Durante a transição acabo por descer mais que aquilo que esperava não chegando à montanha do outro lado, acabo por aterrar em Macieira, que fica a poucos quilómetros da descolagem, a Dores na luta e partindo mais de baixo fica muito próxima, o Sérgio que entretanto descolara fica junto da Dores. O António, vendo o que se subiu não apostou na saída e o Pedro, que saiu bem alto deu noticias já estávamos de volta à aterragem de Mondim, Estava aterrado perto de Mirandela, tendo feito um voo de cerca de 60km, está em grande forma! Parabéns. Os demais pilotos chegaram mais tarde e só fizeram voos em dinâmico.
(Voo Pedro Puga)
Um agradecimento especial ao Samuel pela minha recolha, ao Pedro d’Amares pela recolha da Dores e do Sérgio. Uns copos na casa do Piloto (junto à aterragem) enquanto a Cláudia foi recolher o Pedro e no final o regresso a casa depois de um dia de bom ambiente de bons voos.
Obrigado também ao pessoal de Mondim pelo convite, voltaremos mais vezes...